Alma penada ou pelada

Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.Tiago 5:16

“Ser perfeito” ou pelo menos parecer que é perfeito é uma das obsessões que tem permeado o comportamento das pessoas e exigido nas relações interpessoais em qualquer esfera: afetiva, profissional, familiar, etc. Essa “exigência” talvez este seja uma das maiores violências, não percebida, contra as pessoas, pois ataca aquilo que não é visível: a alma.

As pessoas são obrigadas a se esconderem dentro de si mesmas e a internalizarem seus medos, dúvidas, dificuldades, incoerência, incapacidades, pois qualquer demonstração destes elementos para o mundo desconstruiria seu “eu perfeito” projetado para o mundo e levaria o futuro das suas relações ou oportunidades à falência. Isso acontece no trabalho quando escondemos um erro do chefe para não sermos humilhados; na família, quando a esposa amassa o carro no portão e não conta para do marido para não ser ofendida; no namoro, quando inventamos desculpas para cobrir as falhas. Assim, as pessoas vão internalizando os problemas não resolvidos e se tornando cada vez mais tristes e deprimidas, pois não têm ambiente para trabalhar suas dificuldades, penalizando sua alma e vivendo no submundo da solidão.

Neste texto Tiago nos orienta a não escondermos dentro de nós os problemas, mas a desnudarmos nossa alma para com os irmãos para que sejamos curados em nossas emoções e psique. Termos amigos a quem confidenciar e ouvir os conselhos para que nossa alma seja curada.

Tenho dificuldade de abrir meu coração para aqueles que estão próximos a mim? Sinto-me obrigado a “ser perfeito”? Tenho buscado fazer amizades para que possa desnudar minha alma com segurança? Quando alguém confessa algo para mim, sou sábio para ouvir e orientar ou sou aquele que reprime e ofende?

Em Cristo

Ricardo Rocha

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